Reflexões sobre o uso de Big Data no gerenciamento de dados

Falar em Big Data é falar sobre o presente e o futuro. Nos últimos anos, especialmente nas conversas entre CIOs, gestores ou analistas de migração de dados, o termo ganhou destaque no planejamento e gestão de dados das companhias dos mais diversos tamanhos. Seja qual for o segmento de atuação ou o porte da sua companhia, Big Data é uma realidade e pode agregar muito valor ao seu negócio. Nesse post falamos os motivos de coletar e analisar dados ser uma tendência para as empresas de sucesso, enquanto no post de hoje, vamos fazer algumas reflexões sobre o uso de Big Data na gestão dos dados da sua organização.

1. Quantidade X qualidade

De nada adianta coletar uma montanha de dados sobre seus clientes, se esses dados não puderem ser analisados, confrontados e entendidos. O próprio termo Big Data se refere não à quantidade, mas à capacidade de entender os dados coletados. Os dados estruturados, armazenados via SQL num SGBD, nem sempre são suficientes para gerar insights e agregar valor ao seu negócio. Nesse momento, os dados não estruturados, a exemplo das imagens e documentos, podem ser a solução para traçar perfis de consumo, detectar mudanças de comportamento e identificar ameaças e oportunidades a serem aproveitadas.

Um bom exemplo desse uso ocorreu no programa Bolsa Família do Governo Federal. Ao cruzar informações disponíveis nas bases de dados da Receita Federal, do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral, uma auditoria realizada em agosto de 2016 constatou 33 mil benefícios irregulares, num prejuízo estimado em R$70 milhões por ano. Antes isolados, os bancos de dados não mostravam o padrão incompatível desses beneficiários com o perfil do programa social.

2. Segmentar é fundamental

É primordial que sua estratégia de gestão dos dados consiga segmentar seu público com o máximo de precisão possível, maximizando os resultados sem perder a eficiência. Imagine que sua empresa atua no mercado de telecomunicações. Ao consolidar os dados de consumo de telefonia, redes móveis, internet banda larga residencial e assinatura de TV a cabo, é possível traçar um perfil detalhado de quais produtos ou serviços complementares podem ser oferecidos.

Por exemplo: um cliente que assiste aos canais de esporte todo fim de semana, faz pouco uso da internet residencial e consome muita banda de redes móveis no celular, precisa receber ofertas totalmente diferentes de um cliente que não assiste canais de esporte e usa bastante a internet residencial para acessar serviços de streaming e vídeo sob demanda. Fazer um plano mais vantajoso para a empresa, que ofereça pacote de futebol e maior franquia de redes móveis para o cliente, nesse caso, não será atraente para o último consumidor.

3. Coletar e gerenciar dados deixou de ser um problema

Antes da internet, coletar e gerenciar dados dos clientes demandava atenção e interação humana, seja para o cliente preencher um formulário ou para o atendente ligar e captar os dados. Com a rápida popularização da internet brasileira a partir dos anos 2000, é possível gerar dados sem qualquer interferência humana. Esse poder de catalogar quase tudo gerou a demanda por sistemas capazes de gerenciar os dados brutos e transformá-los em informações. A tecnologia desses sistemas evoluiu bastante e barateou o acesso das empresas à inteligência de seus negócios. Ao mesmo tempo, as soluções de SaaS, em que o software é um serviço, minimizaram a necessidade de investimento em hardware, simplificando a implantação e dando escala aos serviços. Hoje, ter um sistema de capaz de gerenciar dados é algo acessível para qualquer empresa.

4. Segurança de dados sensíveis

Um bom sistema de Big Data permite criptografar e mascarar dados sensíveis, aplicando técnicas robustas de proteção em toda a cadeia de informações. No modelo tradicional de gestão de dados, segmentos como o financeiro e farmacêutico, por exemplo, seguem regulamentações internacionais sobre a confidencialidade dos dados e precisam se preocupar com vários bancos de dados distintos que guardam cópias dessa informação. Gerenciar esse acesso é um grande desafio para os gestores de segurança digital. Com um sistema centralizado de Big Data, o acesso às informações é muito mais seguro e confiável, pois somente aqueles que têm permissão podem visualizar os dados criptografados ou mascarados. É mais valor agregado ao seu negócio.

Gostou das reflexões? Se você tiver mais alguma, aproveite para compartilhá-la nos comentários abaixo.

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